História

  • Colaboração: José Maanuel Alves - Grão-Mestre da Confraria
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"Quem não se importa com o próprio estômago, dificilmente se irá importar com outra coisa"...Samuel Johnson


Confraria o que é

Confraria, irmandade ou fraternidade é um grupo de pessoas que se associa em torno de interesses ou objetivos comuns, seja o mesmo ofício, a mesma profissão, modo de vida ou religiosos ou espirituais. O termo surgiu na Idade Média, referindo-se a associações religiosas ou laicas, que se reuniam com dupla finalidade — espiritual e assistencial. Hoje é comum o uso do termo confraria para associações de pessoas com interesses comuns, como as confrarias gastronómicas, de vinho ou de cerveja.
A origem das Irmandades remonta ao Império Romano. O vocábulo “Confraria” apareceu no século XIII, em que era difícil distinguir os termos “Confraria” de “Corporação”, bem como “Profissão” de “Religião”.
As Confrarias proliferaram desde a Idade Média.
Confraria é uma associação, na qual os seus membros unidos por um elo comum (a irmandade e fraternidade), e em condições de igualdade quanto a encargos e benefícios (seja qual for a sua procedência social) se propõem atingir determinados objectivos (económico-sociais e culturais).
A palavra confraria vem da junção dos termos em latim "com", que quer dizer “junto”, mais “frater”, que quer dizer “irmão”. Por fim, o termo pode ser definido como irmandade, uma associação de pessoas ligadas por um interesse ou característica comum, podendo, inclusive, ser uma associação de indivíduos que exercem a mesma profissão.
Confrade/confreira, correligionário/correligionária, ou simplesmente irmão/irmã são os vocábulos utilizados para se referir aos membros de uma confraria de qualquer religião ou política.

Cerimónias de Entronização e de Insigniação

É o acto solene em que o Capítulo reúne para acolher e ratificar os novos membros (Confrades de Honra, Mérito e Efectivos) anteriormente propostos por um Confrade e aprovados pela Direcção. Esta cerimónia é aberta ao público-convidado, que testemunha conjuntamente com os confrades, o Juramento e a Entronização ou a Insigniação.
Trata-se de Entronização quando a Confraria acolhe novos Confrades.
Insigniação é o acolhimento de novos Confrades de Mérito, que não usarão traje, mas apenas a Insígnia.


Convite / Informação de realização de Cerimónia de Entronização

Os Confrades serão informados, por E-mail, telefone ou sms, da realização das Cerimónia de Entronização / Insigniação, onde se informará local, data, hora, motivo, e custo. Atendendo à dimensão do local de Entronização, deverá também informar-se da conveniência de levar convidados, bem como custo da sua presença.
• Para os Confrades de Honra e Mérito, será efectuado um convite, com informação similar, sem alusão a preço.
• O convite poderá ser realizado, pela Confraria, em parceria com o anfitrião (Câmara Municipal ou outro) utilizando papel da Confraria.

Usanças (Regras Internas da Confraria)

Constam no Livro das Usanças (Regulamento Interno da Confraria), que deverá ser progressivamente melhorado, de modo a que as Usanças sejam efectuadas de forma digna, conforme as tradições e os usos existentes e que se vão instituindo.


Traje

O traje é igual para todos os Confrades.
Os Confrades de Honra podem usar Traje, sendo a insignia igual para todos os Confrades
Os Confrades de Mérito não usam Traje, (usam apenas Colar com Insígnia) mas caso queiram podem adquiri-lo.
Os Confrades Efectivos usam traje.

O Traje é composto por:
Capa de cor preta, com sobrecapa de igual cor, com o distintivo da confraria colocado na sobrecapa do seu lado esquerdo, à altura do coração. O tecido de veludo é bastante confortável.
Cartola portuguesa, típico dos Lisboetas. O chapéu deve ser usado durante toda a cerimónia de Entronização, em actos solenes, em desfiles, ou para a captação de imagens para foto ou filme. Os chapéus são retirados durante a refeição e na Igreja.
Colar composto por Fita preta e dourada, do qual pende a Insígnia.
Notas:
O Grão Mestre do Capítulo é o único que usa Bordão ou Báculo.
(Para uniformizar a apresentação dos confrades, aconselha-se o uso de camisa branca, e calça e casaco preta ou cinza escuro e para as Confreiras, aconselha-se o uso de vestido ou saia negra).


Insígnias (Símbolos)

• Bandeira (da Confraria) e Estandartes.
• Galhardete: (em estudo).
• Selo branco (logotipo). Similar à insignia da Confraria.
• Fita do Colar que sustenta a insígnia: Iguais para todas as classes de Confrades
• Insígnia (Distintivo do Colar): Peça, representando a barcaça com os dois corvos, ladeada, em cima elementos do campo. em baixo pelas espigas
• Bordão ou Báculo (do Grão Mestre do Capítulo). A cabeça de bordão é uma peça em estanho com o símbolo da Confraria.
• Pergaminho (Título de Confrade) – É entregue a todos os Confrades no momento da Insigniação; deve conter o grau, bem como a data e local. O pergaminho deve levar o selo branco da Confraria.
• Livro de Registo dos actos Oficiais, das diversas cerimónias e das Insigniações. Deverá registar as cerimónias (data, local, propósito) e no caso das Insigniações referir os nomes e ser assinado por todos os insigniados.
• Acompanhantes. A Confraria sempre que possível deve fazer-se acompanhar pelos acompanhantes (devidamente trajados), dos quais se destacam: ranchos (folclóricos), músicos, aldeões e crianças.
• Produtos. Para além dos produtos mais emblemáticos do Distrito de Lisboa, vinhos, doçaria, licores, aguardentes, compotas, etc.
• Hino: Em estudo.
• Música e Cânticos: Todas as cerimónias devem ser acompanhadas por música, especialmente para marcar as diversas fases da cerimónia, para marcar as intervenções do Grão-Mestre do Capítulo, bem como para acompanhar os desfiles.


Compromisso ou Juramento

Juro em consciência e honra defender em qualquer momento ou lugar, a gastronomia, tradições, costumes e produtos do Distrito de Lisboa;
Juro defender as suas virtudes, salientar a sua nobreza e promovê-la enquanto símbolo tradicional das nossas gentes;
Juro cumprir e fazer cumprir os Estatutos e Regulamento Interno;
Juro ainda, manter uma relação de fraternidade, amizade e respeito entre todos os confrades desta ordem.

As Confrarias são as guardiães milenares do como fazer e não existem credos, religiões, política ou títulos.


Historial da Confraria

A Confraria dos Gastrónomos de Lisboa, constituída por Escritura Pública a 27 de Fevereiro de 2020, em Lisbo, com sede provisória na Rua Dona Filipa de Lencastre 45, r/c dto, Amadora, contribuinte 515 768 081, é uma Associação sem fins lucrativos, de âmbito regional, tendo como principais objectivos: - promoção da gastronomia tradicional e típica do Distrito de Lisboa; - investigação do património gastronómico: recolha de receituário, arte e técnica da cozinha tradicional, evolução da gastronomia do distrito de Lisboa; - reconhecimento dos cozinheiros tradicionais; - pesquisa de locais, casas senhoriais, etc, onde se pratica/praticava a cozinha de antanho; - relação: arte popular/artesanato/gastronomia; - elaboração de uma Carta Gastronómica do Distrito de Lisboa.


São Confrades fundadores da Confraria dos Gastrónomos de Lisboa:

- José Manuel Alves - fundador e promotor, webmaster do Portal de maior audiência e divulgação gastronómico nacional e da língua portuguesa: www.gastronomias.com
É natural da freguesia da Ajuda, Lisboa
Membro da: Confraria da Broa de Avintes, Confraria dos Gastrónomos do Minho, Confrérie de la Chaîne des Routisseurs, Confrade de Mérito da Cofradia del Cava, Espanha, Confrade de Mérito da Cofradia El Raim de El Campello, Espanha, Confrade Mérito da Confraria del  Arros y Toranja, de Castellón, Espanha, Confrade de Honra do Círculo Utiel-Requena, Valencia, Espanha, Presidente Honorário da Confraria Luso-Galaica, Vigo, Espanha, Cavalieri de Honor da Congrega dei Radici e Fasioi, Susegana, Itália, Confrade de Mérito da Confraria da Gastronomia Macaense, Macau, China, Chamberlain no Algarve dos Prémios "PLATOS DE ORO" de Rádio Turismo de Madrid, Confrade de Honra da FECOAN - Federação de Confrarias da Andaluzia, Pinche de Honor da Cofradía Gastronómica “El Dornillo” de Jaen, Andaluzia, Confrade de Honra da Confraria do Colesterol de Avilés, Astúrias, "Honorable Embajador" da Cofradia Amigos del Olivo de Baena,  Confrade de Honra da Confraria da Pedra, Caballero de Honor da Cofradia de la Orden dos Caballeros del Sabadiego, Astúrias, Espanha, Confrade de Mérito da Confraria dos Enófilos do Vinho de Carcavelos, "Embajador" da Cofradia do Cordero Segureño de Huescar (Granada) Espanha, "Embajador" da Cofradia do Centolo Larpeiro, Grove, Espanha, Confrade de Honra da Confraria Gastronómica do Pinhal do Rei, Leiria, Confrade de Honra da Cofradía del Salmorejo Cordobés,  Cordova, Espanha, Confrade de Honra da Confraria da Cerveja, Confrade de Mérito da Confraria do Arinto de Bucelas, Confrade de Grande Honra da Confraria da Marmelada de Odivelas, e Grão-Mestre e Presidente do Conselho Geral da Confraria dos Gastrónomos do Algarve desde 2005. Grã-Cruz da Ordem de Santa Maria de Ossónoba. Chanceler da Ordem de Santa Maria de Ossónoba. Membro do Conselho Magistral e Vice-presidente do CEUCO-Conselho Europeu de Confrarias por Portugal desde 2009

- Alcindo de Almeida, São Pedrense de "coração lisboeta", reconhecido industrial da cidade de Loures, desde 1974 que a Agência Funerária de Loures é liderada pelo mesmo sócio gerente, Alcindo Manuel Almeida que segue a missão de prestar um serviço de funeral digno e cerimonioso.
1º Cruzado da Confraria do Arinto de Bucelas, Confrade de Honra do Círculo Utiel-Requena (Valencia) e Confrade de Honra da Confraria dos Gastrónomos do Algarve
- Teresa Sofia Prudêncio do Brito Apolónia, portimonense, licenciada em Direito, Sócia Gerente da ASA Lawyers, Confreira de Mériro e Vice-Juiz da Confraria dos Gastrónomos do Algarve.


Factos Relevantes

Todos os anos realiza-se o Grande Capítulo, num dos 16 Concelhos do Distrito de Lisboa. Anualmente iremos participar no Congresso de Confrarias Enogastronómicas CEUCO-Conselho Europeu de Confrarias
Todos os meses é realizado um “Amoço ou Jantar Temático”, que vai correndo os 16 Concelhos do distrito de Lisboa, sendo estes almoços ou jantares “abertos” à população.
Conjuntamente com o Grande Capítulo, realizamos a Gala dos “Prémios da Ordem de Mérito Enogastronómico”. A Confraria dos Gastrónomos de Lisboa irá atribuir os seus “prémios Ordem de Mérito Enogastronómico”, às figuras que, em Lisboa, em Portugal ou na Europa e no entender dos seus membros, mereçam essa distinção, pelo seu contributo para a elevação da Enogastronomia regional e nacional.
Os prémios e ou as condecorações da Ordem de Mérito Enogastronómico” correspondem a “um reconhecimento da Confraria com aqueles, que tanto dão em prol comunidade e que tantas vezes ficam no esquecimento”.
De acordo com os estatutos da Confraria, o objecto desta Gala é eleger e distinguir os que individualmente ou colectivamente, tenham concorrido de forma relevante na promoção e divulgação da enogastronomia do distrito de Lisboa e de Portugal.
Em 30 Dezembro de 2024 houve eleições e tomada de posse dos órgãos sociais para o novo triénio.


Membros:Conselho Europeu de Confrarias-CEUCO

As Confrarias são as guardiães milenares do como fazer e não existem credos, religiões, política ou títulos.

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Autor José Manuel
Alves

Vice-Presidente do Conselho Europeu de Confrarias desde 2006. Apaixonado por gastronomia quer transmitir essa paixão na Confraria dos Gastrónomos de Lisboa, preservando e divulgando a cultura do Distrito de Lisboa".

Dica Ser Confrade Conheça os sete mandamentos para ser um confrade exemplar

1. generosidade
Para começar, o confrade deve ser generoso.
2. criatividade e inovação
Tente também ser criativo e inovador.
3. Dedicação
Entender o que está compartilhando com seus amigos, pesquisar, estudar e ser diligente.
4. empenho
Ser também um confrade empenhado faz parte da equação.
5. saber conciliar
Pensar no grupo também é importante. Um bom confrade deve ser também conciliador.
6. pontualidade
Respeitar os demais confrades é também respeitar o tempo deles. Seja pontual.
7. humildade e respeito
É importante adotar uma postura humilde e democrática.
História PREGO NO PÃO
Quem diria que o prego, ou bife no pão, surge em Portugal na Praia das Maçãs?

A verdadeira história está relacionada com o nome Manuel Dias Prego, um dos primeiros habitantes da Praia das Maçãs no final do século XIX, local onde era proprietário de uma taberna "A Taberna do Prego". Ora, nessa taberna, Manuel Prego servia fatias de vitela fritas ou assadas em pão saboroso e acompanhadas de vinho da região.
Rapidamente a carne em pão se tornou um sucesso na Praia das Maçãs e arredores. Diz-se que terá sido nesse local que José Malhoa pintou o seu famoso quadro “Praia das Maçãs”. Quem sabe se saboreando tal iguaria enquanto pintava...
Com o passar dos anos, o nome da sandes passou a ser, vulgarmente, conhecida como "Prego", em honra do seu criador, sendo que, no início do século XX, já havia sido copiada a receita para outros locais, começando o "Prego" a fazer parte das ementas das tabernas de todo país e não só de Sintra.

Conhecer REGIÃO DE LISBOA Lisboa é um destino de sonho

Hoje, Lisboa é um destino de sonho para gourmets, amantes do vinho, críticos e curiosos. Dos restaurantes de autor às tascas centenárias, há sempre uma mesa posta à sua espera. O famoso bacalhau (bacalhau salgado), nas suas várias formas, é imperdível. Os mariscos e o peixe fresco trazem o Atlântico para o prato de forma sofisticada ou diretamente da grelha. E os cafés têm mesas ao ar livre com vistas deslumbrantes, horas infindáveis de sol encantador e, cada vez mais, interessantes cartas de vinhos para conhecer uma das maiores riquezas de Portugal e, muito em particular, das Regiões Vinícolas de Lisboa.
Na gastronomia de Lisboa o Litoral e interior encontram-se. O peixe e o marisco trazem o mar para o modo de comer e o tempero do mundo rural invade os pratos e desafia o paladar. A paisagem marítima, de Mafra a Sesimbra, simultaneamente imponente e delicada, é berço de uma gastronomia rica em peixes e mariscos degustados nas esplanadas solarengas das cidades e vilas. Uma relação mútua que torna Lisboa ainda mais Atlântica a começar pela gastronomia. Lisboa cidade dos encontros gastronómicos, onde um país inteiro se pode encontrar à mesa, não se esgota apenas nos aromas e sabores marinhos.
(Carla Salsinha, Presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa)

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